O que é um plano de carreira?

imagesDurante toda a minha vida profissional tenho ouvido falar em “Plano de Carreira” como um benefício oferecido por algumas poucas empresas de ponta. Como se fosse da empresa a responsabilidade total pelo desenvolvimento do profissional e, pasmem, pelo seu sucesso.
Queridos leitores, devo dizer-lhes com a mais sincera afirmação de que afirmar que não teve sucesso profissional porque a empresa empregadora não oferecia Plano de Carreira como um dos benefícios nada mais é do que uma desculpa que damos a nós mesmo por permanecer na nossa zona de conforto ainda que está não seja mais tão confortável.
Além disso não é só nossa carreira que precisa ser planejada. Temos sonhos profissionais mas também temos sonhos pessoais, familiares, sociais e todos eles pedem atitudes diferenciadas de nossa parte para que sejam alcançados, de forma que torna-se necessário, organizar, priorizar, escolher, definir prazos e métodos para que não nos tornemos profissionais e pessoas frustradas.
No momento que começamos a nos questionar sobre nosso desenvolvimento profissional, quando não estamos mais felizes com a posição ocupada ou com o salário no final do mês, quando sentimos que além do trabalho há algo que falta, enfim, quando nos descobrimos buscando algo mais… esse é o momento de sentar-se e colocar tudo no papel.
images (1)Meu lado professora sugere aos estudantes que trabalhem em um plano de carreira o mais cedo possível, até mesmo antes de iniciar a vida profissional, isso porque esse será sempre um documento em contante mutação que te ajudará a dar direcionamento às suas atitudes e não um bloco de gesso ao qual você estará preso. Contudo, o Plano de Carreira pode ser feito em qualquer momento da vida, quando a pessoa sentir necessidade dele ou, como eu, descobrir o que é e para que existe.
Então… como fazer? Os métodos são muitos e você pode definir o seu. Vale um documento dissertativo, uma planilha de Excel e até mesmo algum modelo gráfico se você é mais adepto das artes. O essencial é que esse documento apresente os elementos discriminados a seguir:

Objetivos a longo prazo –> defina o que deve ser longo prazo, o melhor é que gire entre 6 e 10 anos, isso depende muito também da sua idade. Se você é um estudante pode programar o longo prazo para 10 anos, se já está na metade da carreira, ou seja, se já tem pelo menos 15 anos no mercado, opte por um prazo de 6 anos no máximo.
Defina também objetivos profissionais e pessoais, não se prenda apenas a uma das partes da sua vida, você só será feliz se estiver com a vida equilibrada nas duas áreas.

Objetivos a médio prazo –> tente definir os objetivos a médio prazo seguindo as orientações acima mas defina o médio prazo entre 3 e 6 anos. Lembre-se de procurar definir metas reais e possíveis dentro desse período. Se a sua meta for um curso universitário de 4 anos, por exemplo, o melhor é que esteja nos objetivos de longo prazo.

Objetivos de curto prazo –> Não se esqueça de que nesse item você vai definir objetivos que devem ser cumpridos em um prazo máximo de 3 anos, ou seja, você terá que já trabalhar em metas que te levem a concluí-los dentro desse prazo.

Metas –> as metas são degraus que você deverá subir para alcançar os objetivos, ou seja, se o seu objetivo for, por exemplo, viajar com a família para a Disney, precisará definir as metas que te levarão a realizar esse sonho. Podemos pensar por exemplo em um valor mensal a ser investido todo o mês por um prazo “x”, a emissão dos passaportes, a busca pelo visto americano, melhorar o inglês para comunicar-se melhor, etc… e cada uma dessas metas deverá ter também um prazo estabelecido para que você não se perca nas realizações e nas atitudes a tomar.

Parece bem simples, não é? Mas na verdade exige muita determinação e muita disciplina, se a disciplina nasceu com você menos mal, mas se como eu você tem dificuldade em seguir uma dieta por mais de 3 dias… prepare-se, vem trabalho duro por aí!!!

Metrô de Berlin, charmoso e funcional.

 

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Em agosto do ano que passou eu realizei um desejo antigo… o de conhecer mais um pedaço da incrível e maravilhosa Europa e de quebra sentir um pouquinho do que foi um dos períodos mais sombrios da história da humanidade, estive em Berlin, na Alemanha.

De tudo o que vi lá, claro, minha alma logística mais se impressionou com o metrô. Não… não é bonito e super moderno, não é high tech, nem tem nada nesse sentido que supere o nosso sistema de metrô de São Paulo. Muitíssimo pelo contrário, nossas estações são muuuuiiiitttoooo mais bonitas e muito mais modernas que as de lá. Em limpeza São Paulo também dá um banho em Berlin, e os usuários… pasmem… somos muito mais educados e civilizados, mais pra frente conto porque.

Nesse momento quero contar sobre o que eu vi de melhor: uma estação a cada esquina quase que literalmente.

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A quantidade de estações é enorme. O maior número se concentra, claro, no centro da cidade, mas os braços do trem e do metro vão se estendendo por toda a cidade com várias conexões.

Outra coisa interessante é que você paga conforme a região que circula, ou seja, se você vai circular apenas no centro da cidade e arredores, vai  pagar um bilhete mais barato que  outra pessoa que vá mais longe, para o aeroporto, por exemplo (sim, exite uma estação no aeroporto).

Importantíssimo dizer que não há catracas!!! Nem bilheteria!!!! O que existe é um terminal eletrônico onde o passageiro compra o bilhete conforme o destino, sob sua total responsabilidade. Dizem por lá que existem alguns inspetores que podem a qualquer momento solicitar seu bilhete e caso você não o tenha em mãos tem que pagar uma multa de 40 euros, mas sinceramente eu nunca os vi assim como também nunca vi ninguém embarcando sem comprar o bilhete.

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Outra coisa bacana é que além das linhas de metro (U-Bahn) e de trem (S-Bahn) existem linhas de transporte público parecidas com os nosso trólebus, que cruzam a cidade passando pelas principais estações. Tudo isso, aliado a fato dos horários de parada dos trens e ônibus serem mais pontuais que os britânicos, torna o transporte publico extremamente eficiente e funcional, fazendo com que os berlinenses não se importem em deixar os carros nas garagens, não vi transito carregado por lá.

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Mas como nem tudo são flores devo dizer que fiquei horrorizada com os berlinenses fumando no metro, ainda que houvessem placas de proibição, e como a sujeira no chão e nos bancos. Além disso não se dá lugar à grávidas, doentes ou idosos, quem chega senta e os outros que fiquem em pé e tudo normal. E como nos trens da CPTM, algumas pessoas cantando ou fazendo qualquer outra coisa em troca de moedas.

Foi uma experiência incrível, não apenas pelo metrô, mas por toda a cidade. Eu recomendo muito Berlin para quem procura um misto de conhecimento e diversão!